O Sítio
Aquele velho projeto de fazer um fãzine com os amigos...


sábado, janeiro 29, 2005  

Black and White Town











Ouçam Black and White Town, do Some Cities, novo álbum do Doves, e tentem negar que os anos 80 estão de volta. A música é do caralho, por sinal.

P.S.: sim, O Sítio está confortável em sua mais recente versão baixe-ouça-comente, como nos bons tempos de mp3-do-mês da Indiegente.

escrito por Chico Lacerda | 13:02 |


segunda-feira, janeiro 24, 2005  

O primeiro grande álbum de 2005

Waiting for the Moon, do Tindersticks.










Ouçam a primeira, só pra terem uma noção de como isso é sério:

Until the Morning Comes

My hands 'round your throat
If I kill you now, well, they will never know
Wake me up if I'm sleeping
By the look in your eyes I know the time's nearly come
Wake me up 'cause I'm dreaming
Well, they'll never believe what's been happening here
But caught in my mind there's a way to get out
Wake me up 'cause I'm dreaming
Well they'll never believe it

So hush now, my babe, please don't cry
Everything's gonna be alright
Hush now, darling, I can hear you're screaming
Let me hold you until the morning comes

So tell me this is what you want
You can whisper it soft or you can scream it out loud
'Cause there's still time to change your mind
But do it now before tomorrow comes
Wake me up 'cause I'm dreaming
Well, they'll never believe it

So hush now, my babe, please don't cry
Everything's gonna be alright
Hush now, darling, I can hear you're screaming
Let me hold you until the morning comes
Until the morning comes

The light is fading
But the stars are dancing bright
My mind is racing like clouds across the sky
How did you make me go... this far?

escrito por Chico Lacerda | 13:12 |


sábado, janeiro 22, 2005  

Sei lá

Perdi o hábito de jogar videogame. Não perdi o de ler, mas tô lendo pouco e devagar. Nem o de ver filme, mas Cowboy Bebop tá ocupando minha TV há bem um mês. Ganhei o hábito de beber. E viver mais em sociedade, e também em dupla. Eu era muito mais auto-suficiente antes e agora quase não consigo mais estar sozinho sem estar incomodado ou querendo me comunicar, mesmo que seja num texto auto-biográfico chulé. A idéia do mês sozinho numa casa de praia seria a solução, ou pra eu me encontrar ou pra desistir de me encontrar numa casa de praia. Não perdi o hábito de ouvir música, ela continua essencial; mas vezenquando quero silêncio e percebo que boa parte da música que ouço não ouço mais. Simplesmente ocupa o vazio, a falta de alguma coisa. E quando o vazio se faz notar, aí parece que o cheio não sou eu, mas outra pessoa. Cheio de gente em volta, música nos ouvidos, cana na cabeça, fotos, problemas e soluções nos bancos de dados, vozes no escuro, Saturno crucificado, suor, calor, natação, água, muita água em volta e eu nadando pra chegar do outro lado e logo voltar, de novo e de novo e de novo.

escrito por Chico Lacerda | 01:12 |


terça-feira, janeiro 11, 2005  

História Afetiva da Minha Estante Pt. 1 - Drácula

Até os 15 anos de idade, minha experiência com livros restringia-se a duas: com os didáticos e com os da Coleção Vagalume (e Agatha Christie, vezenquando, por insistência de mainha). A diferença era invequívoca: os primeiros renovavam-se a cada começo de ano, contendo a matéria a ser ensinada na série relativa. Por quê? Pra quê? Sei lá, porque era assim desde sempre; não havia nenhum fim prático no aprendizado, eu aprendia porque minha mãe pagava o colégio e eu tinha que passar todo final de ano, ponto. Já os segundos eu lia quando queria, porque gostava. Na época eram simplesmente objetos de contar histórias, como os filmes, só que escritos.

Foi com Drácula, de Bram Stoker, que a história mudou. Quem me emprestou foi Carol: o maior livro da segunda categoria que eu já havia tido em mãos, 600 páginas, e antes de começar eu duvidava que conseguisse lê-lo todo. Ao contrário das expectativas, devorei-o em menos de duas semanas, ansioso para continuar sempre que tinha que colocá-lo de lado e saudoso de todas aquelas pessoas que eu tinha conhecido, ao seu fim. Mas outros livros já haviam me envolvido tanto quanto, a surpresa era bem outra: quem já leu o livro conhece o estilo peculiar da narrativa: ela é completamente baseada nos diários dos personagens, sejam eles escritos ou gravados. Não há uma narrador, mas sim várias fontes físicas de narração intercaladas de forma cronológica.

A engenhosidade daquilo me arrebatou, mas ainda não foi o mais importante. O negócio é que foi a primeira vez que eu me dei conta do que se convencionou chamar estilo literário. Até então, a diferença entre Marcos Rey e Agatha Christie, pra mim, estava nas histórias que eles inventavam. E se por acaso Agatha Christie inventasse uma história de Marcos Rey, ela escreveria um livro de Marcos Rey, só que assinado por Aghata Christie. Foi o fim da época de inocência literária e o início do meu interesse pelos mecanismos internos da literatura. A forma de se contar uma história tornava-se tão ou mais importante que a história contada. Foi uma descoberta e tanto.

Muito tempo depois vim a saber que, dentro da literatura de sua época, Drácula era um livrinho bem medíocre. Mais uma das tantas aventuras escritas perto da virada do século XIX num estilo muito usado, denominado epistolary novel. De qualquer forma, foi uma das únicas que sobreviveu esse tempo todo com constantes reedições. E continua na minha modesta listinha de melhores livros de todos os tempos.

escrito por Chico Lacerda | 20:21 |


sábado, janeiro 08, 2005  

Frases

Que eu pensei ontem, bêbado, e registrei como "preciso colocar isso no Sítio". Vá lá, melhor que nada.

"Beber é um negócio muito infantil, mas é massa."

"Coquinho é muito ruim mas pega que é uma beleza."

escrito por Chico Lacerda | 11:40 |
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