O Sítio
Aquele velho projeto de fazer um fãzine com os amigos...


segunda-feira, dezembro 27, 2004  

Esconde-esconde

Pra quem se interessar, já está disponível aqui, em avant premiere, o meu mais recente curta-metragem, Esconde-esconde. Recomenda-se - apesar de vocês já estarem cansados da recomendação - salvar o arquivo (esconde-esconde.wmv) na máquina de vocês antes de assistir pois, caso contrário, ele pode começar a rodar em stream e ficar engasgando. Assistam com o som ligado, obviamente.



















escrito por Chico Lacerda | 01:03 |


quarta-feira, dezembro 22, 2004  

Retrospectiva 2004

Livro do ano: Pergunte ao Pó, de John Fante.

Livro mais fustrante: O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams.

Livro mais chato: Se um Viajante Numa Noite de Inverno, de Italo Calvino.

Conto do ano: Puro Sangue, de F. Scott Fitzgerald.

Disco do ano: Saudade das Minhas Lembranças, de Nervoso.

Discos mais mais: Legal, de Gal Costa; Sonic Nurse, do Sonic Youth; Nada Pode Parar os Autoramas, dos Autoramas.

Disco mais de fossa: Sea Change, de Beck.

Maiores nostalgias: Vapour Trail, do Ride; Cool Your Boots, do Ride; My Aquarium, do Drop Nineteens.

DVD do ano: Corporate Ghosts, do Sonic Youth

DVD mais mais: primeira temporada de A Sete Palmos.

Filme do ano: O Pântano, de Lucrécia Martel.

Filmes mais mais: Whisky, de Juan Pablo Rebella e Pablo Stoll; Do Outro Lado da Lei, de Pablo Trapero; Elefante, de Gus Van Sant; Encontros e Desencontros, de Sophia Coppola; Kill Bill, de Quentin Tarantino; Intervenção Divina, de Elia Suleiman; O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de Michel Gondry; Ken Park, de Larry Clark; Yossi & Jagger, de Eytan Fox; Madrugada dos Mortos, de Zack Snyder.

Filme mais chato: Dolls, de Takeshi Kitano.

escrito por Chico Lacerda | 13:27 |


quarta-feira, dezembro 15, 2004  

Discurso da difamação do poeta

O poeta falava e as pessoas o ouviam atentamente

O poeta falava e as pessoas costumavam ouvi-lo atentamente

O poeta falava e as pessoas costumavam ouvi-lo com alguma atenção

O poeta falava e as pessoas às vezes o ouviam com alguma atenção

O poeta falava e algumas pessoas o ouviam com alguma atenção

O poeta falava mas raras pessoas o ouviam com alguma atenção

O poeta falava e as pessoas o ouviam sem atenção

O poeta falava e as pessoas já o olhavam sem ouvir

O poeta mal fala e as pessoas já abrem a boca em fastio

A ATITUDE DO POETA É O BOCEJO

Affonso Ávila


escrito por Júlia | 20:28 |


sábado, dezembro 11, 2004  

O Desenhista e Musical no VI Festival de Vídeo de Pernambuco



















No Teatro do Parque, começando às 19h30. Segue o programa:


Segunda-feira, 13 de dezembro

Vida de Lona Preta (Catarina Longman, Késia Souza e Márcia Lira, 25 minutos) - Documentário
O Rastro e a Cor (Gabriel Mascaro, 08 minutos) - Ficção
Biodiversidade (Juliano Dornelles e Daniel Bandeira, 02 minutos) - Experimental
100% Xepeiro (Carol Sanchéz, Izabel Melo e Michelle Loreto, 20 minutos) - Documentário
Helder (Danielle Duperron, 05 minutos) - Documentário
Adulto Contemporâneo (Daniel Aragão e Mateus Alves, 07 minutos) - Ficção
Gangarras do Bandeira (Cátia Oliveira e Lulla Clemente, 07 minutos) - Documentário
A Way of Freedom ( Filipe Moura e Alcioneo Ferreira, 05 minutos) - Vídeo Clipe
Potiguara Marcação Serrada (Ernesto Teodósio, 20") - Documentário
Grafos a1-a2 (Oscar Malta, 07 minutos) - Experimental
Flávia in Flávio (Sandra Ribeiro, 30 minutos) - Ficção


Terça-feira, 14 de dezembro

Liêdo (Ana Célia de Sá, Claudia Macedo e Mariana Coimbra, 25 minutos) - Documentário
O Desenhista (Luiz Francisco Lacerda, 06 minutos) – Ficção
Vende-se este Rio (Marcos Costa, 05 minutos) - Experimental
Matinê de Branco (Ana Beatriz e Chico Marinho, 19 minutos) - Documentário
Abrigo (Criação Coletiva, 09 minutos) - Experimental
Faaca (Fernando Peres, 03 minutos) - Vídeo Clipe
Noite de Sexta, Manhã de Sábado (Kleber Mendonça, 13 minutos) - Ficção
Doces Apegos (Eduardo Duarte, 23 minutos) - Ficção
Objeto Abjeto (Marco Hanois, 08 minutos) - Documentário
Chocolate Quente (Karinna Veloso, 05 minutos) - Experimental
Exercício de Sacrifício (Felipe Villar, Gabriel Accetti e Ricardo Henriques, 25 minutos) - Documentário
B.B.B (José Guilherme Furtado, 03 minutos) - Vídeo Clipe
Interferência (Leonardo Lacca, 10 minutos) - Ficção


Quarta-feira, 15 de dezembro

O Homem mais Sabido do Mundo (André Duarte, Marta Telles e Thiago Nunes, 26 minutos) - Documentário
Recife na Real (Hélio Rodrigues, 05 minutos) - Vídeo Clipe
Musical (Luiz Francisco Lacerda, Marcelo Benevides, Simone Jubert, Tatiana Almeida e Tomtom, 08 minutos) – Experimental
28 de julho (Oscar Malta e Tuca Siqueira, 07 minutos) - Documentário
Cabidela (Raul Luna, 05 minutos) - Vídeo Clipe
Contratempo (Daniel Bandeira, 10 minutos) - Ficção
Sementes do Brasil (Gabriel Mascaro e Marcelo Pedrosa, 17 minutos) - Documentário
Respiro, Suspiro e Piro (Maurício Nunes, 02") - Experimental
Vamos Fazer um Clipe? (Aroldo Araújo, Germano Rabello e Joli Campello, 19 minutos) - Documentário
Díptera (Alan de Oliveira, 07 minutos) - Ficção
Batidas Urbanas - Micróbio do Frevo (Leandro Alves, 02 minutos) - Vídeo Clipe
Aeroporto Cotidiano (Bruna Roazzi, Rodrigo Édipo, Tiago dos Santos, 15 minutos) - Documentário
Cinema Sozinho (Maurício Targino, 09 minutos) - Ficção
João Satanás (Gustavo de Melo, 03 minutos) - Experimental
Engenho Prado - Guerra de Baixa Intensidade na Zona da Mata Norte de Pernambuco (Raoni Valle, 20') - Documentário
Não Faço Nada (Léo Falcão, 04 minutos) - Vídeo Clipe

escrito por Chico Lacerda | 14:40 |


domingo, dezembro 05, 2004  

O Pântano – Lucrécia Martel

Esse ano aconteceu duas vezes de eu sair do cinema adorando um filme e notar que o resto da platéia havia detestado. O primeiro caso foi em Mar Aberto, e eu fiquei muito feliz com isso. O segundo aconteceu hoje, com O Pântano. No primeiro caso foi público de Multiplex, então nada tão estranho assim. Já no segundo foi público de Fundaj, e isso me deixou mais feliz ainda.

Ah, o filme é do caralho!





escrito por Chico Lacerda | 23:17 |


quinta-feira, dezembro 02, 2004  

Vera

Tão certa de tudo, Vera era tão linda. Tão linda que ela era. Ah, Vera sentada bem ali, naquele batente. Os cabelos longos e soltos debatendo-se ao vento. Lembro-me como se fosse hoje: era Vera, ali, rindo para mim, calma, tirando todos aqueles fios de cabelo que lhe cobriam os olhos como quem abre uma cortina negra. Mas o espetáculo já havia de começar, e era ela, a minha Vera, tão somente Vera, tão simplesmente ela mesma quem abria as cortinas do teatro. Finda a atividade, finalmente: agora eu sabia que ela via-me chegar em sua direção. E ria, ria cada vez mais para mim. Aproximava-me mais, mais e mais daquele universo chamado Vera. Era a fusão perfeita de mim mesmo e de minha vida. Os passos chegam ao fim e eu atinjo aquele batente da escada. Aperto-lhe as mãos e beijo-lhe o rosto: oi, Vera. A fotografia que fiz em minha mente é-me deveras antiga, mas a essa lembrança sempre recorro. Para sempre olhando Vera.

escrito por Júlia | 18:25 |
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