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O Sítio Aquele velho projeto de fazer um fãzine com os amigos... |
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![]() terça-feira, outubro 26, 2004 Interpol – Antics (terceiras impressões variadas) ![]() * Evil é Pixies puro. E isso é bom. * O terço final de Take You on a Cruise é New Order puro. E isso é muito bom. * Not Even Jail deixa ainda mais claro o quão ruim é Coldplay. * Slow Hands é um grande primeiro single. * Se você quiser ser mais feliz na vida, tem que cantar junto. Baixe e vamos lá: Evil Rosemary, heaven restores you in life You’re coming with me Through the aging, the fear and the strife It's the smiling on the package It's the faces in the sand It's the thought that moves you upwards Embracing me with two hands Right we’ll take you places Yeah maybe to the beach When your friends they do come crying Tell them how your pleasure's set upon slow release Hey wait Great smile Sensitive to fate, not denial But hey who’s on trial? It took a life spent with no cellmate The long way back Saying meanwhile can't we look the other way? He speaks about travel Yeah, we think about the land We smile like all people’s Feeling real tan I could take you places Do you need a new man? Wipe the pollen from the faces Make revision to a dream while you wait in the van Hey wait Great smile Sensitive to fate, not denial But hey who’s on trial? It took a life spent with no cellmate To find a long way back Saying meanwhile can't we look the other way? You're weightless, you are exotic You need something for which to care Saying meanwhile can't we look the other way? Leave some shards under the belly Lay some grease inside my hand It's a sentimental jury And the makings of a good plan You've come to love me nightly Yeah you've come to hold me tight Is this motion everlasting Or do shudders pass in the night? Rosemary, oh heaven restores you in life I spent a lifespan with no cellmate The long way back Saying meanwhile can't we look the other way? You're weightless, semi-erotic You need someone to take you there Saying meanwhile can't we look the other way? Why can't we just play the other game? Why can't we just look the other way? escrito por Chico Lacerda | 19:46 | sexta-feira, outubro 22, 2004 [pessoal, aceito observações, correções e afins.] A campainha Morena, pele cabocla e os cabelos negros lisos. Foi como ele a definira. Mas ela assim preferiu: morena dos olhos negros, grandes e esbugalhados, cabelos longos e dos mais escuros que ele já conheceu. Fernanda. Diante da porta do apartamento dele – ainda ofegante, pois subira pelas escadas, às pressas – tinha consigo a dúvida e o peso de uma vida inteira, a cruel decisão. E tudo lhe causava um gelo subindo pelo corpo. No estômago, ao contrário, o fervor, a calorosa angústia. E a vida ficou trêmula: tocar ou não a campainha? Pelas escadas, sim, porque aquele edifício, tão baixo, não possuía elevador. Aquele prédio, tão conhecido, e no momento tão saudoso, suscitava-lhe uma história. Vida vivida. Ah, vida por demais! Aquele lugar era como cada fio de cabelo dele, cada sinal, cada dobra e cada músculo. Era saber o cheiro que o corpo dele tem. Era saber o jeito dele de dormir, de roncar, de acordar, de brigar, de amar e de se despedir. E de não conseguir. Ai, o cheiro: ela enlouquecia, sempre, e surpreendia-se com aquilo que já conhecia e dominava. Aquele prédio, pois, era também um pedaço de tudo o quanto ela foi. Ou é? Tocar ou não a campainha? Correndo por cima daqueles degraus, como se tivesse descoberto uma espécie rara e esquisita de voar sobre o chão que fosse, numa velocidade que sequer era dela conhecida, queria imediatamente chegar à porta do apartamento dele. E assim voou. Enquanto passava por cima de cada degrau, abria-lhe a mente e o coração. Refletiu, chorou, acalmou-se, respirou e teve consigo todas as convicções que pôde. Até que o terceiro andar chegou e já não havia mais escadas a sobrevoar. Tocar aquela campainha, ela bem o sabia, era retomar uma construção grande, grande, grande de tão grande que não tinha fim. Era retomar, mesmo que durante poucas horas. Mesmo que por um instante. Ou mesmo que para o resto de seus dias Fato é que a questão, nela, encontrava-se já distante dos ventos de retomada de vida. Não era dependente de nada e de ninguém. Teimosa, pois. Queria era descobrir se deveria essa vida ser posta como caminho. Se o norte que um dia foi norte simplesmente deixara de ser o norte. Queria conseguir enxergar o mundo num segundo e, então, decidir: tocar ou não a campainha? escrito por Júlia | 11:47 | quinta-feira, outubro 21, 2004 Primeiras Impressões Interpol – Antics: merda! ![]() Elliott Smith – From a Basement on the Hill: do caralho! ![]() Segundas Impressões Interpol – Antics Se o Turn On the Bright Lights mirava direto em Joy Division e Echo and the Bunnymen, pegando o que eles tinham de melhor e ainda conseguindo transcender essas influências, criando um negócio único, esse segundo se afastou bastante dessas bandas, mas continua parecendo Interpol. Só que um Interpol pálido, superficial, radiofônico (no pior sentido do termo). Uma cópia mal feita deles próprios. Mas aí é a tal coisa: depois do Turn On, os caras podem se aposentar satisfeitos por terem concebido um clássico absoluto. O que vier de bom depois é lucro. Elliott Smith – From a Basement on the Hill Elliott Smith nunca mudou o som que fazia. As melodias são as mesmas desde tempos imemoriais, só o que muda, disco a disco, é a produção. Pegando os três últimos, temos o bem produzido, limpinho e simples XO; em seguida, vem o produzidíssimo, menos limpo e mais denso Figure 8; e agora, postumamente, vem esse mais preguiçosamente produzido, bem sujo e mais denso ainda From a Basement on the Hill. As melodias, porém, são as mesmas que você já ouviu disco depois de disco depois de disco, não tem nem como disfarçar. Mas, se isso é um ótimo argumento contra aquele disco que você detesta, no caso de Elliott Smith torna-se apenas uma observação sem qualquer juízo de valor, porque as melodias continuam as mesmas e continuam tão do caralho, tão tocando lá dentro do cara quanto sempre. E afastam qualquer cobrança por originalidade, colocando no lugar um sincero agradecimento por mais um momento de rara beleza. escrito por Chico Lacerda | 01:05 | domingo, outubro 17, 2004 Musical Pra quem quiser assistir em primeira mão, está disponível aqui o curta-metragem Musical, feito em conjunto por mim, Marcelo Benevides, Simone Jubert, Tatiana Almeida e Tomtom. Recomenda-se salvar o arquivo (musical.wmv) na máquina de vocês antes de assistir pois, caso contrário, ele pode começar a rodar em stream e ficar engasgando. Assistam com o som ligado, obviamente. ![]() escrito por Chico Lacerda | 23:58 | sexta-feira, outubro 08, 2004 Canastra - Chá & Sorriso Acompanhem junto com a música, disponível para download aqui. Oh, que grata surpresa! Mas tire os pés do tapete. As torradinhas estão quase quentes, espere pela hora do chá. O seu vestido combina com a bolsa e o sapato. Cabelos presos e dente escovado de um sorriso e um olá. Não ponha seu dedo no nariz, nem faça tudo que sempre quis, se porte com uma atriz. Sim, aqui o que vale é mise-en-scene. Reforçe a trintura, passe um creme, cante um trecho de La Boheme. E sente-se no sofá, que é de herança e família. Seja fina, converse com a gente até a hora do chá. escrito por Chico Lacerda | 13:14 | quarta-feira, outubro 06, 2004 Alguns clipes do Pulp Baixei-os, um bocado deles. Olhando sob a perspectiva do tempo, cheguei à conclusão que já intuía: foi a melhor banda do que convencionou-se chamar Britpop, muito à frente de qualquer outra. Musicalmente falando. De qualquer forma, os clipes são obras-primas. Corram e baixem, se tiverem conexão boa e contínua: Babies, Do You Remenber the First Time?, Disco 2000, This Is Hardcore. Pérolas cinematográficas de curta duração. escrito por Chico Lacerda | 22:07 | Resenhinhas Intervenção Divina – Elia Suleiman Quase uma coleção de esquetes de humor visual finíssimo, nível Jacques Tati. Se tem história, é a de um judeu e uma palestina que se encontram num posto militar entre Ramalah e Jerusalém e trocam carícias discretas no carro, dia após dia. Conflitos surreais na vizinhança do pai do judeu, luta surreal à Matrix entre a palestina e atiradores judeus, um balão com o rosto de Arafat fazendo um passeio surreal por cima de Jerusalém. Um misto perfeito de humor e melancolia. Dolls – Takeshi Kitano Três histórias de gente dramática à Bergman. Vão arranjar quem os coma, faz favor! Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças – Michel Gondry (segunda assistência) Confirmou as impressões da primeira: a) o filme é do caralho; b) o cara poderia cortar ¼ das lembranças do filme sem problema nenhum. Algumas das mais do começo; as dele criança, como me fizeram notar Saulo e Gleybsa, que servem apenas pra aproveitar a persona careteira de Jim Carrey. A do passarinho não, essa podia ficar. A trama paralela tem muita força. Kirsten Dunst chapada, dançando na cama de calcinha e blusa impressionou mais uma vez. *** P.S.: eu mesmo prefiro as análises mais aprofundadas de outrora, mas sei lá, o saco tá pequeno há algum tempo. Qualquer dia voltam. Enquanto isso, leiam também o Excelsior de Márcio para tal. escrito por Chico Lacerda | 11:26 | sábado, outubro 02, 2004 [este post é para larissa, que me fez ler os primeiros versos dessa escritora em minha vida] Sete chaves Vamos tomar chá das cinco e eu te conto minha grande história passional, que guardei a sete chaves, e meu coração bate incompassado entre gaufrettes. Conta mais essa história, me aconselhas como um marechal-do-ar fazendo alegoria. Estou tocada pelo fogo. Mais um roman à clé? Eu nem respondo. Não sou dama nem mulher moderna. Nem te conheço. Então: É daqui que eu tiro versos, desta festa - com arbítrio silencioso e origem que não confesso - como quem apaga seus pecados de seda, seus três monumentos pátrios, e passa o ponto e as luvas. Ana Cristina Cesar escrito por Júlia | 09:36 | |
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